quarta-feira, 4 de maio de 2011

Iglus

O iglu é um abrigo feito de neve utilizado por gente que habita as zonas de frio extremo, tais como as do Alasca e do Ártico.
Na construção dos iglus os esquimós começam procurando um local apropriado para erguer suas cabanas de gelo. Como o principal objetivo é se proteger do frio, eles dão preferência a superfícies congeladas de lagos ou do mar, onde o gelo é menos espesso - e, portanto, menos gelado - do que em terra firme.
Depois, eles têm que encontrar uma camada de neve quase sólida - daquele tipo no qual você não deixa pegadas – e compacta o suficiente para permitir ser cortada em blocos grandes e maciços, que são arrancados diretamente do chão e dispostos numa espiral ascendente até formar uma cúpula que será encimada pelo último tijolo, que  funcionará como a pedra angular que sustentará toda a construção. A forma arredondada dos iglus é muito importante, pois a neve que cair sobre eles irá escorregar para os lados, impedindo a sobrecarga de peso e evitando o risco de desabamento. A resistência dos iglus aumenta com o tempo. As tempestades de neve e as geadas colaboram para que os blocos de gelo fiquem cada vez mais resistentes e grossos.
Quando o iglu principal está pronto, outros menores podem ser anexados, servindo de depósito de alimentos, banheiro ou até mesmo aposentos para outras famílias.
Se é difícil suportar o frio no interior, pior ainda é ficar do lado de fora, tiritando sob uma nevasca a 30 graus Celsius negativos. A explicação para tamanha diferença de temperatura é bastante simples. "O gelo é um excelente isolante térmico. Segura o calor 100 vezes mais do que o alumínio". É a lógica da garrafa térmica: o gelo atenua a perda do calor gerado por uma fogueira ou pelos moradores.

ENGENHARIA NO GELO

A construção de um iglu é simples e rápida:

1. OS TIJOLOS
O primeiro passo é testar a consistência da neve. Ela tem de estar compacta o suficiente para permitir o corte de blocos retangulares de gelo. Nas comunidades primitivas, esses tijolos eram serrados com ossos de foca ou de baleia afiados. Depois, os esquimós passaram a usar facões de metal

2. A ESTRUTURA
A primeira fileira de blocos é ligeiramente enterrada no chão, formando um círculo de aproximadamente 2 metros de diâmetro. Para garantir o encaixe das fileiras superiores, os blocos de baixo são serrados para formar uma espécie de rampa ascendente e ligeiramente inclinada para dentro

3. O ACABAMENTO
Os blocos são empilhados em forma de espiral - cada um deles precisa ser apoiado no anterior para garantir a estabilidade. Nas últimas fileiras, pode ser necessário cortar blocos em tamanhos diferentes. Um buraco no topo serve de chaminé. Por fim, os vãos entre os blocos são preenchidos com neve fofa

4. NO INTERIOR
Os iglus podem ser grandes o suficiente para acomodar até 20 pessoas em seu interior. A temperatura é estável, visto que é o gelo mantém o calor no interior. E ainda, a forma arredondada impede que o frio concentre-se nos cantos, deixando gelado o centro, e possibilitando, assim, o uso das fogueiras no centro e a acomodação das pessoas nos cantos.
A iluminação é garantida por uma janela feita ou de um bloco de gelo transparente ou de pele de foca. Também usam as lâmpadas a óleo de foca. Estas lâmpadas derretem levemente a neve e cimentam toda a estrutura, que podem suportar um peso considerável sobre o "teto". O calor é provido pelo corpo dos habitantes ou por uma fogueira. O calor da fogueira também derrete parte dos blocos, mas a água escorre e congela novamente, reforçando a vedação das paredes de gelo.
A mobília do iglu consiste geralmente de uma bancada para uma fogueira ou fogareiro e blocos de gelo forrados com peles de foca ou de baleia, que servirão de camas

5. ENTRADA
Na entrada principal é feito um pequeno túnel com blocos de neve semelhantes aos da construção - largo o suficiente apenas para a passagem de uma pessoa – que serve para impedir que o vento não penetre facilmente e congele quem estiver lá dentro. Parece desconfortável - e é mesmo. Também evita que a neve se acumule de forma a fechar a passagem.

6. TAMANHO MÉDIO DOS BLOCOS: 120 cm (comprimento) x 60 cm (largura) x 20 cm (espessura)

CURIOSIDADES
Duas pessoas podem erguer seu iglu em cerca de 9 horas. O consolo é que o trabalho nunca leva o dia inteiro: no inverno polar, o Sol nunca se põe
Área útil: o primeiro passo é mandar ver no snow angel: deite-se no chão e faça polichinelos na horizontal. Use o “anjo” que ficou no chão para traçar o raio da construção.
São necessários 5 m3 de neve na construção de um iglu para 3 ou 4 pessoas.
Preencha a circunferência com os tijolos. Após formar o primeiro anel, crie uma rampa circular e inclinada de fora para dentro. Ela será fundamental.
O plano inclinado é o segredo: ele fará com que os blocos de gelo se pressionem mutuamente, mantendo o iglu em pé. A cúpula vai tomando forma a cada “andar”.
É preciso que dentro da construção fique alguém que vai moldar e empilhar os blocos, para que reste apenas uma abertura de ventilação no topo do iglu. Abre-se uma passagem lateral em semicírculo fazendo uma porta. Ela deve ser estreita, para uma pessoa, ou o vento vai deixar tudo ainda mais gelado.

SUSTENTABILIDADE

O costume de construir iglus é bastante antigo: os primeiros registros históricos de povos indígenas do Ártico datam de 3 000 anos atrás.
Os iglus são construções que não afetam em nada o ambiente, pois todo o material usado na sua construção é proveniente do próprio ambiente, e não utiliza nada que deixe algum resíduo que causem algum dano ou poluição.
Infelizmente, os iglus correm risco de extinção. Um dos motivos é o famoso progresso: os nativos do Alasca, do Canadá e da Groenlândia estão sendo incorporados à civilização ocidental e aproveitando os benefícios da sociedade de consumo, como imóveis não perecíveis – já que os iglus não têm uma longa durabilidade. Os esquimós estão construindo casas de madeira. Antes do século XX as construções de gelo só eram realmente necessárias no inverno, pois nos meses mais quentes, tendas feitas com ossos e couro de baleia serviam de abrigo.
Com o aquecimento global, que torna escasso o gelo nas redondezas do círculo polar ártico. Quem mantém viva a tradição dos abrigos de gelo são caçadores esquimós, que se abrigam neles durante a temporada de caça, além de aventureiros com espírito empreendedor e muito tempo livre. Mesmo para os caçadores, com as temperaturas aumentando, ficou mais difícil encontrar gelo compacto e duro o suficiente para se construir os iglus, assim eles tem que carregar barracas, que necessitam de mais cachorros para puxar os trenós, sendo necessário caçarem mais focas para alimentarem mais cachorros, assim gastam mais munição para poderem caçar as focas, o que torna até mesmo a caça insustentável.







Grupo: Gean, Jesus e Marcela

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